Neste artigo irei fazer uma análise à banda britânica Mallory Knox, com especial ênfase sobre o seu mais recente álbum: Asymmetry.

Mallory Knox são uma banda britânica formada em 2009 que lançou o seu primeiro álbum Signals em 2013, após um EP anterior de enorme sucesso. Com este lançamento atingiram o Top da música britânica através do tema Lighthouse, que os levou aos palcos dos maiores festivais europeus. São já considerados pela crítica como uma das bandas mais underrated do século XXI, dado que a sua qualidade supera em larga escala a quantidade de público que os segue.

Aproveitando o rápido crescimento do grupo e da maturidade do mesmo, a banda voltou a lançar novo álbum no ano seguinte: Asymmetry.

Asymmetry pode ser designado como um álbum quase perfeito, daqueles que vem dar uma grande lufada de ar fresco ao mundo do Rock. Infelizmente a banda não teve uma grande projecção em Portugal, talvez devido ao facto de pertencer a uma editora discográfica que não tem grande actividade no nosso país, mas tal como eu, milhares de outras pessoas terão já descoberto o grupo através da internet e terão eventualmente escutado temas seus em diferentes locais.

Mallory Knox cdAnalisando o álbum, podemos dizer que é mais que um LP de Rock Alternativo. Trata-se de um disco bastante experimental, com grandes toques progressivos, com um som e ritmos bastante distintos e uma voz avassaladora de Mikey Chapman, o vocalista.

O álbum inicia com o tema Ghost In The Mirror, o primeiro single do novo trabalho. É um tema que faz antever desde logo coisas boas ao longo dos 58 minutos do álbum. De repente parece uma introdução potente, daquelas dignas de abrir um concerto nos grandes palcos, mas depressa apresenta uma melodia vocal de grande qualidade e composição e um riff que a nossa dificilmente esquecerá.

De seguida somos presenteados com o tema Getaway, que demonstra algumas variações de intensidade, começando como se de uma balada se tratasse mas rapidamente ganhando ritmo. De resto, esta é uma característica bem vincada na banda, as variações de ritmo e intensidade e a exploração e influência de algum rock progressivo ao longo das composições.

Dying to Survive, The Remedy ou Piece Of My Heart, são alguns dos temas que nos apresentam mais intensidade na voz e nas palavras pronunciadas, são músicas algo pesadas (a par de Ghost In The Mirror), e que revelam um pouco da base e essência da banda, que era bem audível no álbum e EP anteriores.

Entre os 14 temas do álbum podemos ainda encontrar o single de maior impacto deste disco: Shout At The Moon. É um tema com um ritmo e sonoridade claramente característicos da banda, mas que tem claramente uma capacidade natural de ser comercializado, talvez pela sua letra e suavidade/consistência sonora obtida na produção da faixa.

A meu ver, os melhores temas do disco, que acabam de certo modo por revelar toda a qualidade da banda, são She Took Him To The Lake e QOD II.
O primeiro, apresenta-se com mais de sete minutos. Inicia-se como uma suave e tocante balada que após 2 minutos de “reflexão” inicia um crescendo genial, passando por partes bastante progressivas e pelas melhores variações de ritmo deste disco. Escusado será referir que as vozes de Mikey Chapman e do baixista Sam Douglas fazem deste tema aquilo que ele é: uma obra prima.
Já o segundo tema, QOD II, possui o início mais potente e intimidante de todo o álbum. Talvez por isso seja o último tema, incluído como música bónus no álbum. É a música com um ritmo repleto de contratempos e possui também o refrão e solo que mais teimam em permanecer na nossa cabeça após escutar o álbum. Talvez por isso seja o último tema do disco, é aquele que nos deixa com vontade de voltar a ouvir tudo de novo.

A banda tem ainda uma interessante característica, rara nos dias que correm, fez videoclips para cerca de metade dos temas do álbum, quase como se de um filme se tratasse. São produções interessantes que vos aconselho a visualizar no canal de youtube VEVO da banda.

Abaixo deixamos a playlist onde ouvir todo o álbum. Se apreciam Rock Alternativo e Progressivo, aconselho-vos a investirem 58 minutos do vosso dia que vos vão deixar com um sorriso na cara e com mais uma banda no vosso leque de gosto pessoal.


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