Era uma chegada há muito ansiada, dado o caminho feroz que tem sido percorrido na produção e consumo de televisão, mas ainda assim chegou repentinamente, sem aviso e apanhando de surpresa até os mais atentos. As séries da HBO podem já ser visionadas em Portugal através de streaming. O canal responsável pela produção de “A guerra dos tronos” ou de “Os Sopranos”, lançou um serviço que disponibiliza “todas as temporadas dos seus conteúdos mais populares e premiados”.
Em comunicado, a empresa informou que a “HBO Portugal permite que os seus subscritores desfrutem de mais de 4500 conteúdos”, incluindo as séries originais “True detective”, “West-world” e “Big Little Lies”, bem como clássicos da história da televisão como “The Wire” ou “O Sexo e a Cidade”. Por enquanto, a Vodafone é o operador de cabo exclusivo do novo serviço, que se encontra também disponível em hboportugal.com ou via app com o mesmo nome, tanto para Android como iOS.
O anúncio chega numa altura em que o conceito televisivo está a passar por uma mudança inevitável, embora em Portugal a grande guerra dos números ainda se faça na televisão tradicional e entre os canais generalistas que, ainda assim, viram as suas audiências cair entre 60 e 70% ao longo da última década. Nos dias de hoje, a televisão é todo o tipo de vídeo: na TV, no computador, no telemóvel ou no tablet.
Os serviços Netflix e Amazon Prime, ambos também disponíveis em Portugal, têm canalizado milhões de euros para a produção de novos e inovadores conteúdos, servindo uma audiência que demanda novidades e as consome quase instantaneamente. Não podemos esquecer o YouTube, que no seu serviço gratuito (rentável através de publicidade), não necessita de produzir conteúdos, deixando que utilizadores e criadores o façam por si. Actualmente existe já o YouTube Premium, esse sim que produz já dezenas de conteúdos pagos e veio aumentar ainda mais a competitividade entre estas plataformas e retirar espaço à televisão tradicional.
Só na Netflix, está previsto um investimento regular anual de mais 7 mil milhões de euros em produção própria. Mas este investimento não é um exagero, os responsáveis destas plataformas sabem que mesmo os serviços do futuro correm o risco de se perderem. Não só porque vivem apenas de subscrições, cujo crescimento tem limites, mas também porque a concorrência aperta.
A Disney vai também lançar este ano o seu serviço de streaming, o Disney+, onde vai disponibilizar em exclusivo os seus cobiçados produtos: para além dos filmes de animação ou das séries infanto-juvenis que produz, a empresa é também proprietária da Marvel e se sagas como a “Guerra das estrelas”, que valem cada vez mais milhões de euros.
HBO Portugal
Permite um mês de acesso grátis e após esse período tem o custo de 4,99 euros, com possibilidade de ser utilizada em cinco dispositivos diferentes.
Netflix
O primeiro mês é gratuito, depois o utilizador deve optar pelo plano Premium, de qualidade 4K, que custa 13,99 €/mês e pode ser utilizado em quatro dispositivos, o Standard, de qualidade HD, que custa 10,99€ e pode ser partilhado entre dois dispositivos ou o plano Base por 7,99€, disponibilizando somente baixa qualidade de imagem para apenas um dispositivo.
YouTube Premium
O primeiro mês é gratuito e depois tem o custo mensal de 8,49€, mas inclui o serviço de música. Uma subscrição familiar custa 12,99€ e pode ser usufruída por seis utilizadores.
Amazon Prime Video
Após os primeiros sete dias gratuitos, o preço será de 2,99€/mês durante um semestre, passando depois para 5,99€.