Esta situação preocupa as empresas de energia tradicionais. O fundador da empresa chinesa Envision Energy, Lei Zhang, começou a ficar preocupado quando percebeu pelos números que o custo da energia vai ter que ser cada vez mais acessível, caso contrário os cidadãos irão optar por instalar energias renováveis nas suas casas. Ainda que o façam apenas parcialmente, fará uma grande diferença nos lucros e perspectivas das empresas de energia.

Na Mongólia o custo do kilowatt-hora de energia produzida em centrais solares é de apenas três cêntimos, sendo que a energia produzida pelo vento é de apenas 1,5 cêntimos/kWh, o que representa uma sustentabilidade muito superior a qualquer outra.

Qual a solução? Lei diz que as empresas terão que investir na gestão de energia nas redes, criando sistemas capazes de lidar com a intermitência das energias renováveis. É aqui que estará a oportunidade de negócio.

Segundo o dono da Envision Energy, à medida que as energias renováveis tomarem conta do mercado, a rede vai-se fragmentar cada vez mais e a situação irá piorar com a junção dos veículos eléctricos a esta situação, pois será necessário fornecer energia à rede sempre que for necessário, de forma mais intermitente e pouco previsível. Assim, o papel das tradicionais empresas de energia irá passar de fornecer apenas energia para gerir todo o caos energético, enquanto que o mais básico fornecimento do dia a dia, como o aquecimento de água ou iluminação, passarão gradualmente e em grande escala para a esfera particular.


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