Os ambientalistas consultados pelo jornal Público realçaram que o Governo não cumpriu o despacho de 2014, que fixou uma quota máxima de 5% de carros com elevadas emissões de CO2 nas aquisições dali em diante. No entanto, cerca de 39% das compras ao longo de 2017 ultrapassaram esse limite.

O ministério do Ambiente não quis comentar essa violação das metas estabelecidas pelo Governo de Passos Coelho. Dos cerca de 25.640 veículos do Estado, “mais de 90% são altamente poluentes”, indicou João Branco, presidente da Quercus. “Não fiquei muito surpreendido. Já tinha essa noção. Mas na sequência desta polémica que se gerou acho que acho era boa altura para o Estado dar o exemplo e renovar a sua frota”, disse o responsável da Quercus.

Recentemente, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1 que os carros a gasóleo deixarão de ter valor comercial dentro de quatro anos, o que gerou uma forte polémica no sector, com o Automóvel Clube de Portugal a criticar a posição do ministro. “Alarmistas, altamente preocupantes, reveladoras de uma enorme ignorância sobre a matéria e de um absoluto desrespeito pelos consumidores”, foi a reacção de Carlos Barbosa, que lidera o ACP.

O Parque de Viaturas do Estado não incorpora as novas aquisições feitas pelo Governo no âmbito do Programa de Apoio à Mobilidade Eléctrica na Administração Pública. Nele, está prevista a substituição de 1200 veículos com mais de 10 anos por veículos eléctricos, até 2020. Os primeiros 55 já foram entregues à cerca de um ano atrás.


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