Apenas dois dias após superar a batalha de 4 horas frente ao argentino Guido Pella, o tenista português de 29 anos levou a melhor nesta segunda maratona de 4 horas e 18 minutos, vencendo o alemão Philipp Kohlschreiber, 32º do ranking mundial, pelos parciais de 7-5, 4-6, 7-6(4), 5-7 e 6-4. De salientar que João Sousa disputou também um jogo do torneio de pares após a primeira ronda de singulares, onde venceu.
O português e o alemão defrontaram-se pela quinta vez (tendo o alemão vencido a última final em Kitzbuhel) e o dia ficou marcado pela imensa chuva que interrompeu os jogos por diversas vezes. Tal como na primeira jornada, João Sousa apresentou-se a um nível muito elevado, não demonstrando mazelas com os dois encontros já realizados. A destacar, o jogo de serviço do vimaranense, que obteve um total de 28 ases, um registo incrível e que demonstra uma enorme evolução do português neste parâmetro.
Apesar da vitória, foram muitas as dificuldade para ambos os jogadores ao longo do encontro, com a possibilidade de vitória a poder tender para ambos os lados, mas João Sousa foi capaz de se manter mais concentrado e eficaz no derradeiro set. A exibição ficou marcada pela capacidade ofensiva do atleta natural de Guimarães, que manteve um elevado ritmo de jogo e obteve um total de 74 winners, uma marca incrível e que demonstra que não necessitou de erros não forçados do adversário para vencer.
Ao somar esta segunda vitória no quadro principal de singulares, à qual se juntam o triunfos em pares, um deles frente a uma das melhores duplas do mundo, João Sousa já igualou o melhor resultado da sua carreira no Open Australiano, que alcançou nos anos de 2015 e 2016.
À espera do tenista português estará o maior atleta nipónico, Kei Nishikori, 9º do ranking ATP, que eliminou Ivo Karlovic num jogo extremamente renhido, com os parciais de 6-3, 7-6(6), 5-7, 5-7 e 7-6(7), o que faz prever um grande jogo e óptimas chances para João Sousa casa mantenha o nível demonstrado até aqui e não acuse fadiga ou lesões.