As mensagens de sensibilização ao salvamento do planeta são imensas e complementam os pedidos para que haja uma real acção política. “Respeitar o ambiente é respeitar a vida”, “Estão a ficar sem desculpas e nós sem tempo”, “para quê ir à escola se não há futuro?”, “a terra vai sobreviver à mudança climática, nós não”, “não temos um planeta B”, são alguns dos exemplos que se puderam encontrar nos cartazes que desfilaram em cerca de 26 concentrações nas várias cidades portuguesas, entre as quais se destacaram as grandes afluências ocorridas nas ruas do Porto, Coimbra e Lisboa.

Esta mega-acção estudantil mundial move-se pelo lema “fazer greve por um clima seguro” e está a levar a cabo uma série de manifestações semanais, iniciadas em 2018 e durante todas as sextas-feiras, pela sueca Greta Thunberg, de 16 anos, agora nomeada para o prémio Nobel da paz. O movimento faz-se representar pela hashtag (etiqueta) #Schoolstrike4climate.

Nas ruas do Porto e Coimbra, manifestaram-se várias centenas de pessoas, maioritariamente estudantes, mas também pais e professores que consideram esta a maior causa para a sustentabilidade futura da humanidade. Em Lisboa, a marcha juntou mais de dez mil pessoas, que marcharam até à Assembleia da Republica, exigindo maior responsabilidade aos políticos.

Nunca se pensou que a mobilização fosse tão elevada, sobretudo num país como Portugal, onde habitualmente se afirma haver uma grande falta de sentido cívico e uma juventude cada vez mais ignorante. Na ausência de outros dados estatísticos, fica hoje absolutamente comprovado que se trata de um mito e porventura esta é a geração mais consciente, preocupada e cada vez mais bem formada para mudar o mundo para melhor, pois acreditam que a terra é redonda e que o aquecimento global de mito nada tem. E muito bem.


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