As Alfândegas Chinesas informaram, em conferencia de imprensa levada a cabo pelo seu Vice-Presidente, que foi realizada uma grande operação de fiscalização de mercadorias, terminando com o desmantelamento de um “grupo criminoso internacional que há muito tempo traficava marfim”. Esta investigação durou dois meses e resultou na prisão de mais de 20 indivíduos e na apreensão de quase 2.800 peças de marfim.

A operação surgiu de uma vasta colaboração entre várias cidades, incluindo Pequim e Qingdao, tendo envolvido quase 250 agentes policiais. Segundo os dados oficiais, este ano já foram confiscadas 8,48 toneladas de marfim e mais de 500 toneladas de animais e plantas em risco de extinção.

Só este ano, as autoridades chinesas já investigaram cerca de 200 casos de contrabando de espécies protegidas, com um número total de suspeitos semelhante. Estes dados não incluem as alfândegas de Hong Kong, dado serem independentes e onde em Fevereiro foram interceptadas 2,1 toneladas de presas de elefante e 8,3 toneladas de escamas de pangolim, que teriam como destino o território chinês. Entretanto, foram também apreendidos 24 chifres de rinoceronte, com um peso total de 40 quilos, um número recorde, entretanto já ultrapassado por uma nova carga de 82,5 quilos encontrada.

A China é o maior consumidor mundial de marfim, matéria que é parte da cultura e arte tradicionais chinesas, no entanto Pequim baniu todo o comércio e transformação deste elemento no início de 2018, efectuando agora largas operações que visam combater o mercado negro e consequente ameaça às espécies em vias de extinção. Este tipo de medidas trazem um impacto particularmente positivo em Angola e Moçambique, dois destinos de eleição na caça ilegal de elefantes e outras espécies.

Em Moçambique, a reserva do Niassa perder cerca de sete mil elefantes em apenas cinco anos e em Angola, as autoridades destruíram cerca de 1,5 toneladas de marfim no ano de 2017, sento toda esta quantidade destinada ao mercado asiático. Existem actualmente cerca de 450.000 elefantes no continente africano, mas calcula-se que estejam cerca de 35 mil a ser mortos anualmente, quase todos de forma ilegal.


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