A operação de voos para os Estados Unidos foi esta quarta-feira bastante afectada, sendo que companhias como a Emirates ou a Japan Airlines, duas das maiores operadoras intercontinentais, viram a sua actividade muito perturbada, tendo de cancelar os trajetos ou mudar os aviões, quando possível.

Ao que tudo indica, o Boeing 777 tem-se revelado vulnerável aos efeitos da rede 5G, o que tem vindo a provocar imensa polémica nos últimos dias. A FAA, entidade reguladora aeronáutica americana, pediuàs operadoras que adiem a utilização desta tecnologia para quando os problemas tiverem sido solucionados.

Segundo Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, os Estados Unidos da América têm “o espaço aéreo mais seguro do mundo” e estão “à procura de uma solução juntamente com os reguladores, as transportadoras e os fabricantes de equipamentos”.

O 5G estará alegadamente a interferir com um dos principais instrumentos de bordo dos aviões mais modernos: os altímetros. O funcionamento destes recorre a um intervalo de frequências que se cruza com os novos serviços 5G, cujas torres de comunicações possuem frequências de emissão demasiado elevadas (para que o serviço 5G seja mais rápido).

Na Europa o 5G já está implementado em vários países e não surgiu o mesmo tipo de problemas, talvez pelo facto do intervalo de frequências de emissão ser mais baixo, entre 3.4 e 3.8 GHz, enquanto que nos Estados Unidos essa janela está entre 3.7 e 3.98.

Tudo indica que as operadoras de telecomunicações Norte-americanas terão de realizar mais investimento, no sentido de ajustar o espectro de frequência e permitir uma convivência com a actividade aeronáutica.


Avatar

administrator

Deixa uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *