Nusantara, palavra que significa “arquipélago”, é nova capital administrativa que a Indonésia planeia construir na ilha de Bornéu e que deverá substituir Jacarta, anunciou o Presidente do país, Joko Widodo, citado pela imprensa local.

“Recebi uma confirmação direta do Presidente na sexta-feira a dizer que a nova capital se vai chamar Nusantara”, afirmou o ministro do Planeamento do Desenvolvimento Nacional, Suharso Monoarfa. Segundo o jornal Kompas, o anúncio surgiu durante uma reunião do comité especial que tem vindo a planear a construção da nova capital.

O ministro informou ainda que concordou em absoluto com a escolha do nome, pois vê-o como sendo uma palavra conhecida e bastante utilizada pelos indonésios quando se referem ao seu arquipélago.

O Governo indonésio tinha anunciado, já em abril de 2019, estar a planear a transferência da capital administrativa do país de Jacarta para um local mais adequado, escolhendo depois dois distritos na parte oriental da ilha de Bornéu.

Sede de Nusantara

A construção, que deveria ter começado no final de 2020, foi adiada devido à pandemia de Covid-19, evento pandémico que fez da Indonésia o país mais afetado do Sudeste Asiático, já com mais de 4,5 milhões de casos e 145 mil mortes.

Agora que entramos numa fase de recuperação social e económica, o parlamento deverá aprovar a construção da nova capital, de modo a que a mesma possa ser transferida até 2024.

A transferência da capital é um projeto que vem sendo proposto por sucessivos governos, já desde a época do ex-presidente Sukarno, que governou a Indonésia entre 1945 e 1967, e que, à data, propôs uma transferência para a cidade de Palangkaraya, também na ilha de Bornéu.

Jacarta, que está 40% abaixo do nível do mar, está a afundar em média 7,5 centímetros ao ano, de acordo com as últimas estimativas oficiais. Este facto leva a que esteja a ser construída uma barragem marítima que visa impedir a submersão da cidade. A actual capital, localizada no noroeste de Java e tem uma população de cerca de dez milhões de pessoas, pelo que existe uma grande preocupação em garantir a segurança futura do território e também deslocalizar os serviços governamentais.


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